Newsletter – 12 de novembro 2024
Trabalho em pauta: Development and preliminary study of the rLiNTPDase2 rapid test: lateral flow immunochromatographic assay for Canine Visceral Leishmaniasis
Autora: Raissa Barbosa de Castro, Luma Salgado Leopoldino, João Victor Badaró de Moraes, Gustavo Costa Bressan, Raphael de Souza Vasconcellos, Evandro Silva Favarato, Fabiana Azevedo Voorwald, Juliana Lopes Rangel Fietto
O artigo aborda o desenvolvimento de um teste rápido baseado em fluxo lateral (LFIA) para diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina (LVC), utilizando o antígeno rLiNTPDase2. O teste LFIA é uma técnica simples, portátil e de baixo custo, ideal para diagnóstico rápido no ponto de atendimento, especialmente em áreas com poucos recursos.
A técnica LFIA funciona utilizando uma fita composta por diferentes camadas: uma membrana de nitrocelulose, onde são fixadas as linhas de teste e controle; uma almofada de conjugado, que contém partículas de ouro coloidal ligadas a uma proteína (no caso, a proteína A, que interage com os anticorpos presentes nas amostras); e uma almofada de absorção para captar o excesso de líquido. Quando uma amostra, como sangue ou soro, é aplicada no dispositivo, ela migra através da fita por capilaridade. Se a amostra contiver anticorpos contra LVC, esses anticorpos se ligam ao rLiNTPDase2 na linha de teste, resultando em uma coloração visível. A linha de controle, que sempre deve aparecer, confirma se o teste foi realizado corretamente.
“Ilustração do sistema LFIA, composto pela almofada de amostra, almofada de conjugado, membrana de nitrocelulose (NC) e almofada absorvente, todos montados em uma fita adesiva. A almofada de conjugado contém nanopartículas de ouro coloidal conjugadas à Proteína A, e a membrana de NC contém rLiNTPDase2 na linha de teste e IgG canina na linha de controle. Este sistema foi inserido em um cassete plástico antes do uso.”
No desenvolvimento do teste, os autores testaram diferentes materiais e condições para otimizar o desempenho. Eles selecionaram a membrana HF120, um protocolo de bloqueio rápido e uma diluição de amostras que maximizou a diferenciação entre amostras positivas e negativas. O teste foi validado com amostras de cães infectados e não infectados, mostrando boa sensibilidade (86,9%) e precisão (76,9%).
O estudo concluiu que o antígeno rLiNTPDase2 é promissor para uso em testes LFIA, proporcionando uma detecção rápida, especialmente em cães com poucos ou nenhum sintoma, o que pode melhorar o controle da LVC.
Confira o trabalho completo em: https://doi.org/10.1016/j.vetpar.2024.110299
Resumo por: Bianca Muniz Lacerda Ventura
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