Newsletter – 15 de outubro 2024
Trabalho em pauta: First evidence of a serine arginine protein kinase (SRPK) in Leishmania braziliensis and its potential as therapeutic target
Autores: Débora Cristina Pimentel, Juliana Rodrigues Leopoldo, Leilane Ferreira Teixeira, Marcus Vinícius de Andrade Barros, Ana Paula Martins de Souza, Thiago Souza Onofre, Rayane Luiza de Carvalho, Sara Andrade Machado, Isabelly Gonçalves Messias, Carla Cristina de Souza Pinto, Marcelo Depolo Poleto, Marcel Arruda Diogo, Christiane Mariotini-Moura, Gustavo Costa Bressan, Robson Ricardo Teixeira, Juliana Lopes Rangel Fietto, Raphael de Souza Vasconcellos
As leishmanioses são doenças parasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania, transmitida por flebotomíneos. A doença possui três manifestações clínicas principais: leishmaniose visceral (VL), leishmaniose mucocutânea (ML) e leishmaniose cutânea (CL). As opções de tratamento atuais são limitadas e apresentam várias desvantagens, como alta toxicidade, administração prolongada e alto custo.
Pela primeira vez, foi identificada uma serina/arginina proteína quinase (SRPK) em Leishmania braziliensis (LbSRPK). Através da análise de RT-qPCR para análise do padrão de expressão nas diferentes fases de desenvolvimento do parasito foi identificado que na forma amastigota, que é a fase infectiva no hospedeiro vertebrado, há maior expressão de LbSRPK do que os promastigotas.
O estudo avaliou a atividade leishmanicida de análogos do SRPIN340, um inibidor conhecido de SRPK. Dois análogos, SRVIC22 e SRVIC32, mostraram atividade leishmanicida significativa in vitro. Esses análogos reduziram a taxa de infecção em macrófagos e o número de amastigotas intracelulares em 55% e 60%, respectivamente. Análise de bioinformática revelou diferenças em dois resíduos de aminoácidos no sítio ativo da LbSRPK em comparação com seu homólogo humano, o que pode explicar a ausência de atividade leishmanicida do SRPIN340 em macrófagos infectados.
Os resultados indicam que LbSRPK pode ser um novo alvo terapêutico para o desenvolvimento de drogas contra a leishmaniose. As descobertas fornecem uma nova direção para o tratamento das leishmanioses, destacando a importância das quinases na regulação de processos celulares essenciais para a sobrevivência do parasita. Este estudo revelou a importância das serina/arginina proteínas quinases em Leishmania braziliensis e abriu novas possibilidades para o desenvolvimento de terapias mais eficazes contra a leishmaniose.
Confira o trabalho completo em: https://doi.org/10.1016/j.actatropica.2022.106801
Resumo por: Rayane Luiza de Carvalho
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